Hackathon: a revolução do jeito de pensar em inovação no campo

O Hackathon configura-se como uma jornada intensa onde a centelha criativa para a inovação é catalisada ao extremo (MOBLEE, 2019). Os mais ousados “hackers” – aqui no sentido mais nobre da palavra – compõem esquadrões interdisciplinares para fervilhar ideias, introduzir metodologias experimentais e arquitetar protótipos que tangibilizem soluções futuristas.

Ao longo dos anos, esse tipo de iniciativa tem demonstrado ser um campo fértil para o florescimento de respostas ágeis e funcionais, desde que norteado por objetivos bem delineados, metas audaciosas e um conjunto de regras inteligentemente moldadas. Dentro dessa lógica, o processo decisório e os contornos das escolhas tecnológicas – sobretudo aquelas moldadas pela simbiose entre universidades e empresas – passam a exigir o reconhecimento da importância do ecossistema educacional. Alunos, professores, coordenadores e jovens mentes criativas devem ser convocados como protagonistas nessa engrenagem de inovação cooperativa.

Uma investigação conduzida em sinergia entre a Embrapa, o Sebrae e o Inpe revelou um dado eloquente: 84% dos agricultores brasileiros já incorporaram pelo menos uma solução digital como instrumento estratégico para suas decisões no campo.

No rastro da chamada Agricultura 4.0 – essa nova era do agro conectado – desponta um desafio colosso: integrar inteligências digitais de maneira eficaz ao cotidiano da produção rural. Hoje, sensores inteligentes, veículos aéreos não tripulados, softwares de alta performance, aplicações móveis, imagens orbitais e maquinário autônomo não apenas habitam o cenário rural como redesenham seus contornos. Contudo, o turbilhão de dados gerados exige um novo arsenal de tecnologias cognitivas e comunicacionais, capazes de traduzir esse universo numérico em decisões práticas, precisas e financeiramente sustentáveis para o agricultor.

Apesar desse tsunami tecnológico, muitos produtores rurais ainda tateiam em meio às complexas interações trazidas por essa nova ordem digital no campo. A lacuna entre o saber técnico e o uso prático de tecnologias demanda pontes – e não muros.

É nesse ponto que a SEAGRI, como entidade fomentadora do agro no coração do Brasil, ergue-se como catalisadora nesse tabuleiro de inovação aberta. Ao articular sinergias entre atores diversos – agricultores, academia, setor público, centros de pesquisa, startups e empresas TICs – torna-se elo de conexão entre conhecimento, política pública, sustentabilidade e avanço científico em territórios prioritários do Distrito Federal.

Frente a essa conjuntura, ergue-se o “Projeto AgroHack. Ideias!”, uma iniciativa semeada com o propósito de garimpar soluções disruptivas, alinhadas à legislação local e às peculiaridades da realidade candanga. O Hackathon e a Incubação de Ideias previstos no projeto serão mais que eventos: serão laboratórios vivos, onde novas metodologias de acompanhamento a startups serão testadas, buscando construir um futuro agro digital, inteligente e verdadeiramente transformador para o DF.

Deseja incluir algum trecho mais técnico ou poético nesse estilo elevado?

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